"Estou na UTI, não morri ainda", diz Bolsonaro após ficar inelegível
Suas declarações demonstram sua determinação em permanecer ativo na política, mesmo com as restrições impostas. Agora resta aguardar as reações e as possíveis consequências dessas declarações para o futuro do país.
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira (3/7), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abordou diversos temas, entre eles sua inelegibilidade até 2030, os atos golpistas do 8 de janeiro e a escolha de outro político de direita para concorrer nas eleições de 2026.
Bolsonaro expressou sua insatisfação com a decisão que o tornou inelegível por oito anos, afirmando: "Estou na UTI, não morri ainda". O ex-presidente argumentou que não é justo que, mesmo com a inelegibilidade, ele já precise escolher um sucessor e "dividir o espólio" político. Essa posição pode ser vista como uma tentativa de manter-se relevante no cenário político, apesar das restrições impostas pela justiça eleitoral.
Além disso, Bolsonaro comentou sobre os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, que estão sendo investigados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). O ex-presidente evitou fazer qualquer autocrítica em relação a seu discurso inflamado e a forma como incentivou seus apoiadores a contestarem a eleição. Esses atos contribuíram para a polarização política e a crise institucional vivida pelo país.
Outro ponto abordado por Bolsonaro foi a possibilidade de escolher um político de direita para ser seu candidato nas eleições de 2026. Essa estratégia busca manter a base de apoio conquistada ao longo de seu mandato e garantir a continuidade de suas ideias e propostas.
O ex-presidente não revelou nomes, mas deixou claro que pretende influenciar o processo eleitoral mesmo estando impedido de concorrer.
Durante a entrevista, Bolsonaro também aproveitou para criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de chamá-lo de mentiroso.
O ex-presidente afirmou que essa acusação lhe causa desconforto e reforçou que não é a pessoa que Moraes acredita ser. Essa troca de farpas entre Bolsonaro e membros do Judiciário tem sido recorrente e mostra a tensão existente entre os poderes no Brasil.
A entrevista de Bolsonaro no programa Pânico evidencia sua determinação em se manter ativo na política mesmo após ter sua candidatura barrada. O ex-presidente busca influenciar o cenário político por meio da escolha de um sucessor e também ao criticar decisões judiciais que o afetam diretamente. Resta saber como a opinião pública e os demais atores políticos irão reagir a essas declarações e quais serão as consequências para o futuro do país.
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