As Forças Armadas israelitas anunciaram oficialmente o fim da operação militar na região de Jenin
Localizada na Cisjordânia ocupada. Durante os dois dias de incursão, houve 12 palestinianos mortos e cerca de três mil pessoas foram obrigadas a deixar o campo de refugiados da cidade.
A investida militar, que é considerada a maior nos últimos anos na Cisjordânia, foi lançada na segunda-feira. Centenas de soldados foram mobilizados para a operação, que foi descrita pelo ministro da Saúde da Palestina como uma agressão que desafia a lei internacional.
Durante a operação, as Forças Armadas de Israel utilizaram drones e bulldozers do Exército, resultando em confrontos com milícias palestinianas. Doze palestinianos foram mortos, além de um soldado israelita, e mais de 100 palestinianos ficaram feridos, sendo que 20 deles estão em estado grave, de acordo com as autoridades de Saúde palestinianas. Os combates também levaram cerca de três mil pessoas a deixar o campo de refugiados de Jenin, onde aproximadamente 18 mil palestinianos residiam. O autarca da cidade, Nidal Abu Saleh, relatou uma situação desastrosa no campo de refugiados, com cortes no fornecimento de energia e água.
Jenin e seu campo de refugiados, considerados redutos de grupos armados palestinianos, têm sido alvo de operações israelitas em diversas ocasiões. Em resposta à operação em Jenin, o movimento armado Hamas, que governa a Faixa de Gaza e é considerado um grupo terrorista por Israel e pelos Estados Unidos, ameaçou retaliar. Na terça-feira, um cidadão palestiniano atropelou e esfaqueou pessoas em Telavive, resultando em uma pessoa morta e sete feridas. O Hamas elogiou o ataque e o classificou como uma "vingança heroica".
A Liga Árabe anunciou uma reunião de emergência em resposta à operação, e a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos, países árabes que possuem relações diplomáticas com Israel, denunciaram a ação militar. O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, também condenou a violência em Israel e na Cisjordânia ocupada, declarando que ela deve parar.
Além disso, Israel realizou ataques aéreos na Faixa de Gaza durante a noite em resposta aos foguetes disparados a partir do enclave palestiniano. O exército israelita atacou instalações militares do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em Gaza. Os ataques não causaram feridos, de acordo com fontes das forças de segurança palestinianas. Anteriormente, cinco foguetes foram disparados contra Israel a partir da Faixa de Gaza, todos interceptados. Até o momento, nenhuma organização palestiniana reivindicou os disparos.
Em resumo, a operação militar em Jenin, na Cisjordânia ocupada, foi encerrada pelas Forças Armadas israelitas, resultando em confrontos, mortes e feridos entre palestinianos e israelitas. A situação levou a tensões e trocas de ataques entre as partes envolvidas, e a comunidade internacional expressou preocupação com a violência e pediu o fim das hostilidades.
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