Ciclone extratropical deixa quase 400 mil sem luz no RS e causa estragos em SC

Ciclone extratropical deixa quase 400 mil sem luz no RS e causa estragos em SC

Um ciclone extratropical que se mantém na costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina está causando estragos significativos na Região Sul do país. O fenômeno, que já vem sendo monitorado há alguns dias, trouxe consigo fortes ventos e chuvas intensas, deixando quase 400 mil pessoas sem energia elétrica no estado gaúcho e causando transtornos em diversas regiões de Santa Catarina.

Desde a madrugada de quarta-feira (12/7), áreas do Rio Grande do Sul têm sido afetadas por chuvas intensas e quedas de granizo. A situação se agravou ainda mais com a falta de luz em centenas de milhares de pontos no estado, afetando a rotina de muitas pessoas e prejudicando o funcionamento de serviços essenciais. Segundo informações da Defesa Civil, 14 municípios registraram danos e dois decretaram situação de emergência.

Um dos municípios mais afetados foi São Sebastião do Caí, localizado no Vale do Caí, a cerca de 65 km de Porto Alegre. Devido ao aumento do nível do Rio Caí, 23 famílias tiveram que deixar suas casas com o risco de inundação. A Defesa Civil está em ação para retirar os moradores ribeirinhos e abrigá-los em um ginásio. O bairro Navegantes também foi gravemente afetado, com a água avançando em direção às residências.

Além disso, como medida de precaução, as aulas na rede estadual do Rio Grande do Sul foram suspensas nesta quinta-feira (13/7), assim como em escolas de diversos municípios, incluindo a capital, Porto Alegre.

O impacto do ciclone extratropical também se estende para outras regiões do país. No estado de São Paulo, são esperadas mudanças bruscas no tempo, com previsão de fortes rajadas de vento, podendo chegar a 90 km/h na Grande São Paulo, incluindo a capital, além das regiões de Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Vale do Ribeira.

 A cidade de Rio do Sul, a maior da região, está monitorando o nível do rio, mas até o momento não enfrentou problemas significativos. As comportas das barragens de Taió e Ituporanga foram fechadas como medida preventiva depois que o Rio Itajaí-Açu atingiu a marca de 4,5 metros em Rio do Sul.

Diante da gravidade do fenômeno, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de "grande perigo" para o litoral gaúcho e catarinense, além de um alerta de "perigo potencial" que se estende até o Rio de Janeiro. Essas informações têm o objetivo de orientar e prevenir a população sobre os riscos associados ao ciclone extratropical, possibilitando que as autoridades e os moradores adotem as medidas necessárias para minimizar os danos causados pelo evento climático.

Neste momento, equipes de resposta a emergências, como a Defesa Civil e outros órgãos governamentais, estão mobilizadas para prestar auxílio às comunidades afetadas e garantir a segurança da população. É fundamental que as pessoas sigam as orientações das autoridades competentes e busquem abrigo seguro em casos de necessidade, priorizando sua própria segurança e a de seus familiares.

À medida que o ciclone extratropical continua se deslocando pela costa sul do país, é necessário que a população permaneça atenta às atualizações meteorológicas e siga as recomendações das autoridades locais. Esses eventos climáticos extremos reforçam a importância do investimento em sistemas de alerta precoce, infraestrutura resistente e medidas de preparação para minimizar os impactos das tempestades e proteger a vida e o patrimônio dos cidadãos.

A colaboração de todos, desde os órgãos governamentais até os cidadãos individuais, é essencial para enfrentar e superar esses desafios climáticos, visando a segurança e o bem-estar de toda a população afetada pelos efeitos desse ciclone extratropical.