Cúpula da OTAN começa hoje, reforçando ajuda à Ucrânia e apoio à adesão da Suécia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deu início a uma importante cúpula com os chefes de Estado e governo da aliança e da Suécia.

Um dos pontos centrais da cúpula é reforçar a defesa e dissuasão da OTAN, com destaque para a situação na Ucrânia.
Um dos pontos centrais da cúpula é reforçar a defesa e dissuasão da OTAN, com destaque para a situação na Ucrânia. (Foto: Bandeiras do lado de fora da sede da Otan em Bruxelas 16/11/2022 REUTERS/Yves Herman )

Cúpula da OTAN começa hoje, reforçando ajuda à Ucrânia e apoio à adesão da Suécia

Vilnius, Lituânia - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deu início hoje a uma importante cúpula com os chefes de Estado e governo da aliança e da Suécia. O encontro, que acontece em Vilnius, capital da Lituânia, tem como objetivo discutir os principais desafios para o ecossistema de segurança e fortalecer a OTAN, além de abordar a aproximação da Ucrânia. Líderes de países parceiros como Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul e União Europeia também estão presentes.Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança, afirmou que as decisões tomadas durante o encontro aproximariam a Ucrânia da OTAN. Além disso, os países-membros irão decidir sobre um novo acordo que exige que cada aliado destine no mínimo 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) anual em defesa.

Outro tema de grande importância é a adesão da Suécia à OTAN. O país foi convidado para integrar a aliança no ano passado, juntamente com a Finlândia. Enquanto a Finlândia já concluiu o processo de integração no início deste ano, a candidatura sueca enfrentou obstáculos, principalmente por parte da Turquia. Acusações de permissão para que terroristas operassem na Suécia foram levantadas como argumentos contra a adesão.

No entanto, na segunda-feira (10), Jens Stoltenberg anunciou que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, concordou em encaminhar o protocolo de adesão da Suécia à Grande Assembleia Nacional o mais rápido possível, assegurando sua ratificação. Isso marca um passo importante no caminho da Suécia rumo à sua integração à OTAN.

Além da cúpula, está sendo realizado em Vilnius o Fórum Público da OTAN, que conta com painéis de discussão, debates e sessões interativas sobre diversos tópicos da agenda do bloco militar. O evento é organizado em conjunto com instituições como o Centro de Estudos da Europa Oriental, o Fundo Marshall Alemão dos Estados Unidos, a Conferência de Segurança de Munique e o Conselho Atlântico dos Estados Unidos.

Destaca-se também a participação da Ucrânia nessa cúpula, uma vez que o presidente Volodymyr Zelensky está presente e terá um encontro com o secretário-geral Jens Stoltenberg. Após as tratativas, ambos concederão uma coletiva de imprensa. Além disso, está programada uma reunião do Conselho OTAN-Ucrânia, que contará com a presença de chefes de Estado dos países-membros e da Suécia.

Outro encontro de grande importância será entre o presidente Zelensky e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Em maio, os dois líderes se reuniram durante a cúpula do G7, no Japão, onde Biden reafirmou o compromisso dos Estados Unidos em fortalecer a capacidade de defesa da Ucrânia. Recentemente, os EUA anunciaram o envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia, a fim de auxiliar o país em sua guerra contra a Rússia. Além disso, os EUA têm fornecido apoio financeiro à defesa ucraniana ao longo do conflito.

Apesar de a Ucrânia ser o foco central das discussões da cúpula, Biden evitou responder diretamente sobre a adesão do país à OTAN em uma entrevista à CNN na semana passada. Ele mencionou a falta de unanimidade entre os membros da aliança sobre o momento adequado para trazer a Ucrânia para a família da OTAN, especialmente durante um conflito em andamento.

A cúpula da OTAN em Vilnius, além de reforçar o apoio à Ucrânia e discutir a adesão da Suécia, busca fortalecer a aliança e enfrentar os desafios de segurança global. Os líderes presentes terão a oportunidade de estabelecer estratégias conjuntas para promover a estabilidade e a segurança internacional, garantindo assim a defesa coletiva dos países-membros.

por Redação

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